terça-feira, junho 10, 2008

Hiroshima, não me devore!

Texto: Thiago Soares


Na última sexta (6) foi a estréia da mais nova banda maringaense “Hiroshima Me Devora” que conta dois ex-integrantes do Elven, mais a baixista da extinta Serena e mais um cara que eu não sei quem é. É importante, antes de tudo, dizer que o bar lotou. Há tempos não via o Pub Fiction tão cheio. Uma galera mesmo compareceu, gritou, dançou, cantou e tudo mais.

Os integrantes do Elven levam para a nova banda as coisas boas que tinham antes, como as plaquinhas, as piadas e é claro, o clássico, dessa vez sem explosivos, “O Palhaço” (e aquela das prostitutas?). Picelli, prometeu mas não dançou como no show do Charme Chulo. Quanto aos vocais, ele mandou bem, segurou a onda. Surpreendeu.

Mas, de uma forma geral, a banda foi, um tanto quanto, frustrante. Não pela qualidade em si, o Hiroshima já ta mandando bem, a galera já ta entrosada e tudo mais, o problema está nos covers. A banda atira pra tudo quanto é lado. Rolou cover de Weezer, Belle and Sebastian, Weezer, Pixies, Mutantes (Jorge Ben?), Weezer, The Cure, Zero Bhala e sei lá mais o que, além de Weezer. Nada contra as bandas citadas também, eu, provavelmente, escuto todas elas, ali, uma vez ou outra. O lance é que não tem uma linha. Pra piorar, as músicas próprias (umas quatro ou cinco tocadas durante toda a noite) não se parecem, ou ao menos lembram, com nenhuma das outras tocadas. Talvez faltou perceber que nem sempre o que eles escutam é uma influência.

Mas como já disse, o show é bacana. Vale à pena conferir.

O show do Artic Donkeys, banda cover de Artic Monkeys (sacou o trocadilho, amigão?!) eu não vi. Nunca gostei de banda cover. Esses dias, em uma das muitas discussões sobre o assunto, que rola ou já rolaram por aqui, um cara comparou uma banda cover com um disco-coletânea. “Só as melhores, pra curtir seu artista preferido do começo ao fim”. No caso dele, eu dou um desconto, afinal, ele toca em uma banda cover de Rolling Stones. São décadas de estrada, discos e mais discos pra selecionar seu repertório. Mas e quando a banda, como nesse caso, tem dois disquinhos e alguns meros anos de existência?!

5 comentários:

amanda franco disse...

a música que tocamos do Zero Bhala nos pertence agora, hahaha, gravamos ela e tudo mais (:
a composição e deles sim.
fora isso, boa critica.
ah, e eu não era baixista do Serena, mas sim guitarrista, sei lá, tanto faz.
o marcio, que é o cara que você não conhece, era vocalista do Placebo cover.

um cara barbudo disse...

Pô, desculpa pelos erros Amanda. Guitarrista e Zero Bhala... não vai se repetir

amanda franco disse...

sem problemas, hahaha, gostei do blog :)

jebar437 disse...

Boa, Soares.

Natan disse...

cover é cover.
seja de qual banda for, continua sendo um cover, igual. E mereçe respeito igual.