quarta-feira, novembro 22, 2006

Sonic Flower Club Edição Especial

Por Thiago Soares

Sábado, 18 de novembro de 2006, um dos dias mais quentes do ano. Sonic Flower Club Edição Especial, uma festa para mudar a história da cena independente maringaense. Um puta show com sete bandas sendo uma delas os tão esperados Forgotten Boys.

A festa estava programada para começar cedo, afinal eram sete bandas e mais três discotecagens. A primeira banda - Elven - estava marcada para começar às 20 horas. Horário de verão, maringaense atrasado, o show começou lá pelas 21h 30. Ainda assim poucas pessoas estavam no bar, o que dificultou a apresentação da banda. Mesmo assim o powertrio Elven mandou ver em cima do palco, com direito até a estouros de serpentinas e confetes na música “O Palhaço”.

A VI Geração da Família Palim do Norte da Turquia (PR) foi
uma das bandas que mais surpreendeu a Sonic Flower Club

A segunda banda a subir ao palco foi A VI Geração da Família Palim do Norte da Turquia, que incendiou a galera com suas músicas, provando que quando a banda é boa o público levanta a bunda da cadeira e vai pra frente do palco. Com certeza o show dos Palins foi uma das maiores atrações da noite, tanto que até eles se surpreenderam com a reação da galera. Várias pessoas cantando, várias meninas dançando e quase todas as pessoas presentes no bar aplaudindo e se divertindo com as músicas turcas.

Depois d'A VI Geração, subiu ao palco a terceira e última banda maringaense da noite, a já consagrada Foolish. Esse eu confesso não saber o que dizer, porque assim como metade do público da Família Palim, eu fui para as mesas descansar um pouco e me refrescar longe dos quarenta graus que faziam perto do palco.

Zimmer, d'Os Ambervisions (SC): "Misturar
punk rock com surf music é muito fácil"

Os Ambervisions foram os primeiros de fora da cidade a tocar. Direto de Florianópolis, os caras mostraram com muita personalidade sua “surf music caveira”. Destaque para o vocalista Zimmer que com sua máscara prateada animou a galera e deu um chá de cueca em alguém que subiu no palco. De tarde, enquanto conversava com Zimmer, perguntei: “como é misturar o punk rock com o surf music?”. E ele me respondeu: “cara, é muito fácil”. No show a banda provou que pra eles era realmente fácil.

Lucas Pocamacha, do Superguidis (RS),
com a
Mustang de sua autoria

Depois dos barrigas-verdes Ambervisions quem tocou foi a gaúcha Superguidis. Sem dúvida alguma, o melhor show da noite. Como disse Hastür Palim: “Superguidis é uma guitarrada”. Particularmente eu pensei que os caras não seriam tão bem recebidos pelo público como foram. Primeiro porque era pra ser uma noite de rock intenso, achei que não teria lugar para as misturas pop do Guidis. Me enganei. Segundo porque por tocar logo após Os Ambervisions, em uma noite que foi feita para os Forgotten Boys, não daria um público que normalmente gostaria da Superguidis. Me enganei novamente.

“O show da Superguidis roubou a noite.” Ouvi isso de no mínimo dez pessoas. “Queria agradecer ao Programa Garagem, gente finíssima.” Ouvi isso do palco.

O sexto show da noite foi dos goianos do Johnny Suxxx n’ the Fucking Boys (GO). A banda com mais presença de palco do dia. Johnny Suxxx, vocalista, deu e levou banho de cerveja e água em cima do palco, chutou engraçadinhos que subiram em seu palco, lambeu a menina que pediu Madonna, derrubou o baixista, além claro de deitar e rolar no palco. Isso tudo sem falar do guitarrista que desceu do palco chutando todos os copos de vidro que encontrava pelo caminho.

O show mais esperado da noite: Forgotten Boys (SP)

A última banda a se apresentar foi a Forgotten Boys, com certeza o show mais esperado da noite. Antes do show começar, os rodies trocaram todos os equipamentos do palco, colocaram “uns puta cubo Orange”, como disse Lucas Pocamacha, guitarrista da Superguidis.

Quando os Forgotten Boys subiram no palco a casa já estava cheia, a galera já estava empolgada e as meninas já estavam gritando. O show foi bom. O som dos caras é fodido, os vocais bem trabalhados e em sincronia, as guitarras são perfeitas. Senti falta das novas músicas em português, eles não tocaram nenhuma, mais tirando isso o show foi como eu esperava. A única reclamação que ouvi sobre o show dos Forgotten Boys foi sobre o público que se animou demais e se tornou violento, quebrou um copo no chão e espirraram spray de pimenta no ar.

Do mesmo jeito que subiram no palco, saíram. Poucas palavras e interação com o público. Se não tivesse passado a manhã e a tarde com os caras da banda, acharia que eles são bem quietos, pelo jeito é só em cima do palco.

Depois do show rolaram as discotecagens. Eu não fiquei pra ouvir, já era tarde, mas do pouco que eu ouvi, deu pra perceber que elas resgataram o espírito da Sonic Flower Club.

Assim acabou uma das noites mais importantes da cena independente maringaense, com algumas críticas como a do Lucas Gabriel, vocalista da banda Elven, de que “a cena maringaense é desunida” e muitos elogios às bandas que fizeram uma grande apresentação. É bom lembrar que tudo isso aconteceu graças ao Flávio, que mais uma vez organizou uma grande festa na cidade.


Foto d'A VI Geração da Família Palim do Norte da Turquia por Alexandre Gaioto
Fotos das demais bandas por Ane Pacola
Foto de Zimmer por Thiago Soares

6 comentários:

Anônimo disse...

Com toda empolgação!

Programa Garagem disse...

"Com toda... Empolgação"
(Herbert Viana)

fernanda disse...

o tal do suxxx me lambeu nervoso hahahahaha mas foi bem legal a festa, apesar de todo o rolo que deu, apesar dos pogos, spray de pimenta e o copo que eu quebrei hahahaha
daqui uma semana tem mais sonic, galera ;D

Anônimo disse...

pra mim foi só um dia normal, mas o texto fez parecer incrivel mesmo.
é, voce escreve bem. Mas eu nao gosto da sua pessoa.

jebar437 disse...

Qual pessoa?

Família Palim disse...

putz confusão até aqui! HUHAUHAUHAUHAU