segunda-feira, abril 27, 2009

A expectativa foi maior

Fotos: Ricardo "Xico Wood"
Texto: Lizandra Gomes

Um dos shows mais esperados do ano no meio alternativo já aconteceu, Júpiter Maçã finalmente veio à Maringá levando um público considerável ao Tribos no dia 18 de abril.
Antes do show tive o prazer de conversar com ele numa entrevista que vai ao ar nessa quinta-feira às 23 horas (você poderá ouvir pelo site da radio ou sintonizar 94.3FM). Vale ressaltar que durante a entrevista foi possível perceber que o pouco tempo que ficou parado fez muito bem a ele, já que elegância foi a primeira impressão que me passou. Mas quando perguntei sobre essa nova era de shows que ele está fazendo (pós-rehab) ele disse, com todo seu sotaque gaúcho misturado com os anos que morou em “London”, que o show passaria por todas as suas fases, tocando todos os “hits” de sua carreira e ainda finalizou com “Vai ser um show exciting”.

Pois bem, não tão elegante quanto na entrevista, vestindo uma blusinha preta agarradinha mostrando uma pancinha saliente, um coturno preto e um chapéu do estilo cartola, Júpiter Maçã chegou no bar entre uma e meia ou uma e cinqüenta da madrugada. Acompanhado de sua banda (de peso), com Thunderbird, Astronauta Pinguim, Dustan Galas e Felipe Maia, ele começou o show com a música “Querida Superhist x Mister Frog”, o que animou o público.

Aliás, um dia antes, dia 17 de abril ele fez um show em Londrina inaugurando uma casa noturna, e alguns fãs que assistiram o show de lá também vieram agitar no Tribos e durante a apresentação eles gritavam e cantavam incansavelmente músicas do Cascavelletes e TNT (primeiras bandas que o Júpiter participou, não exatamente nessa ordem). Muito bem humorado, (ou não) ele apenas respondeu “Vejo que tem alguns fãs de Cascavelletes aqui”.

Mas voltando ao show, quem esperava um “Sétima Efervescencia” (primeiro disco solo dele) só pode desfrutar desse momento quando tocou “Lugar do Caralho” (música do Júpiter eternizada por Raul Seixas), “Miss Lexotan 6 mg” e finalizou o show com “Essência Interior”. O resto do show foi intercalado com as músicas bossa-nova eletrônica do “Plastic Soda” (disco lançado em 1999), do último disco dele o “Uma Tarde na Fruteira” (lançado no Brasil final do ano passado) que eu me lembre ele tocou apenas “A marchinha psicótica do Dr. Soup”, o hit do seu último disco.

Pois bem, no final do show ouvi muitas críticas a respeito da performance de Júpiter no palco, já que ele não foi tão performático quanto era de costume ver nos shows espalhados pelo You Tube. Sua performance foi “simpática” porém simples, fez o que devia fazer, conversou levemente com o público, tocou as músicas que quis e foi embora.

quinta-feira, abril 16, 2009

Novidades e Júpiter Maça

Hoje no Garagem estréia um novo quadro. À partir desse programa Flávio Silva, da Sonic Flower Club estréia seu quadro "Momento Sonic Flower", com informações e a sua opinião sobre o independente nacional.
Não percam hoje (quinta-feira) às 23 horas, com reprise sábado às 17 horas e segundas às 18 horas, na RUC 94.3 FM ou on line pelo site da rádio.

E falando em Sonic Flower, é sempre bom lembrar, nesse sábado tem a lenda do independente nacional, Júpiter Maçã, a partir das 23 horas no Tribos. Eu vou!

Um beijo, encontro vocês lá (no programa e no show).

sexta-feira, abril 03, 2009

Isso sim é punk

Bendito o dia em que eu estava na rádio (94.3FM) e esbarrei com dois rapazes. Logo o coordenador da rádio, Elias Gomes de Paula, a voz, veio falar comigo “Lizandra, esses dois rapazes têm uma banda, dá uma olhada no MySpace deles”.
Sempre que alguém me indica uma banda tenho duas sensações, fico curiosa e ao mesmo tempo desconfiada, fico imaginando “Será que isso presta?!”, e na maioria das vezes tenho muito azar, já ouvi muita coisa ruim na vida. Então, quando cheguei em casa fui ouvir a banda que esteve na rádio naquele dia e para a minha surpresa exceções realmente acontecem, estou falando dos maringaenses do “Ted Gugu e Os Espanta Neném”.
A banda existe a mais de três anos, é formada por quatro maringaenses: Josimar (vocal), Domingos(baixo), Rafaele(bateria) e Rodrigo (guitarra). E juntos eles formam uma das melhores bandas de punk rock nacional que eu já ouvi na vida.

Acredito que pra fazer música você deve valorizar as pequenas coisas que acontecem ao seu redor, e isso com certeza esses quatro meninos sabem fazer, em primeiro lugar pela história do nome da banda. Em uma rixa de bairro um certo garoto chamado Ted Gugu pichou em um portão do bairro ‘inimigo’ a frase ameaçadora “Ted Gugu e Os Espanta Neném”, ou seja, o tal Ted Gugu montou uma gangue para espantar o adversário, Neném. Quando os rapazes viram isso prometeram que assim que formassem uma banda, seria batizada com essa frase.

Outro ponto forte da banda são as letras sarcásticas, que tratam de forma bem humorada algumas questões sociais e conflitos pessoais, como frustrações, vingança, pulverização do sexo pela sociedade, entre outros motivos que compõem as letras das canções da demo que os rapazes lançaram ano passado, a “Berçário para lunáticos”.

O último trabalho do “Ted Gugu e Os Espanta Neném” é o single “Eu sei Dirigir”. A música lançada virtualmente é uma brincadeira com jovens que pegam o carro escondido dos pais.
Bom, não tem o que comentar, o rock deles é puro, simples, e punk. Eu que já assisti um show deles sei que punk é a palavra de ordem.
M
as se quiser conferir o som deles antes pra cantar as músicas junto e bem alto, é só acessar o MySpace deles .